quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Resenha: Anne de Green Gables

Título: Anne de Green Gables
Autora: L. M. Montgomery
Editora: Martins Fontes
Páginas: 480
Avaliação: ♥♥♥♥♥

Sinopse (skoob)Uma menina de 11 anos, com cabelos ruivos, sardas e uma mente tão perspicaz quanto a de um cientista em busca de conhecimento, chega a uma terra onde as tardes são calmas; os pores do sol alaranjados; as florestas aconchegantes; e os rios suaves, como o ritmo do povoado. Sua boca é uma matraca, e seus sonhos são maiores que moinhos de vento. Anne vai crescendo e crescendo, e de patinho feio revela-se um elegante e atento cisne, pronto para abrir suas asas e voar para além das veredas. Mas a vida é feita de artimanhas, e a garotinha adotada pelos irmãos Marilla e Matthew tem algumas cercas a pular, sem jamais deixar seus sonhos desvanecerem, como algumas criaturas fazem.

 Anne Shirley é um menina órfã de 11 anos, ruiva e com sardas, que depois da morte de seus pais passou a viver em diferentes casas, cuidando dos filhos de donas de casa, e que finalmente é adotada por Marilla e Matthew.
 Marilla e Matthew são irmãos que vivem juntos na fazenda de Green Gables, e que nunca casaram, nem tiveram filhos. Os dois já estão velhos, e Matthew resolve adotar um menino para ajudá-lo nos trabalhos da fazenda. 
 Matthew então, vai buscar o menino na estação de trem, mas quando chega lá, pela sua surpresa, se depara com uma menina de cabelos ruivos. Ele, muito tímido, e com pavor a mulheres, não sabe o que fazer. Ele queria um menino. Mas Anne, ao vê-lo fica tão feliz, e com a mente perspicaz que tem, começa a tagarelar. Matthew, com pena da menina, resolve levá-la para casa, e no outro dia resolver o mal entendido.
 Mas o que os dois irmãos não esperavam é que ficariam encantados com aquela menina, que fala pelos cotovelos, e vive no mundo da imaginação. Eles resolvem então adotá-la, e Anne fica muito feliz por finalmente ter um lar, que não poderia ser melhor. A fazenda de Green Gables, tem uma paisagem incrível, e a menina logo fica encantada pelo lugar, e começa a dar nomes ao rio, às árvores, e demais elementos daquele lugar.
 Anne começa a frequentar a escola dominical, e o colégio. E até faz uma melhor amiga, Diana. Anne também conhece várias outras crianças, e começa a fazer novas amizades. Mas, Diana é sua amiga do peito.
 Anne, pelo gênio que tem, às vezes fala coisas que não deveria, e se mete em situações inusitadas, e muito engraçadas.
 Mas, o tempo passa rápido, e Anne, que até então era um patinho feio, se revela um elegante cisne. 

 Esse livro, apesar de ser muito conhecido mundialmente, é pouco conhecido no Brasil. E se tornou um dos meus livros preferidos, pela sua simplicidade, e pela personagem Anne, que não só encanta aos demais personagens do livro, como também à todos os leitores. Escrito há mais de cem anos, Anne de Green Gables também é uma forma de crítica à sociedade da época, que tinha seus próprios padrões de beleza, aos quais Anne não se encaixava. Anne gosta da natureza, das coisas mais simples, e apesar de ser muito tagarela, diz coisas incríveis.. Além deste, ainda foram escritos vários outros livros sobre Anne, e a personagem serviu de inspiração para o teatro, vários musicais, séries e filmes. É um livro incrível, e que todos deveriam ler.

"Bonito? Oh, bonito não parece ser a palavra certa. Nem lindo, por sinal. Não chegam nem perto. Oh, era maravilhoso... Maravilhoso. É a primeira coisa que vejo que não há como melhorar com a imaginação."

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Resenha: Feita de fumaça e osso

Título: Feita de fumaça e osso
Autora: Laini Taylor
Editora: Intrínseca
Páginas: 384
Avaliação: ♥♥♥♥♥

Sinopse (skoob)Pelos quatro cantos da Terra, marcas de mãos negras aparecem nas portas das casas, gravadas a fogo por seres alados que surgem de uma fenda no céu.Em uma loja sombria e empoeirada, o estoque de dentes de um demônio está perigosamente baixo. E, nas tumultuadas ruas de Praga, uma jovem estudante de arte está prestes a se envolver em uma guerra de outro mundo.O nome dela é Karou. Seus cadernos de desenho são repletos de monstros que podem ou não ser reais; ela desaparece e ressurge do nada, despachada em enigmáticas missões; fala diversas línguas, nem todas humanas, e seu cabelo azul nasce exatamente dessa cor. Quem ela é de verdade? A pergunta a persegue, e o caminho até a resposta começa no olhar abrasador de um completo estranho. Um romance moderno e arrebatador, em que batalhas épicas e um amor proibido unem-se na esperança de um mundo refeito.



 Karou é uma garota de cabelo azul, que tem 17 anos, e mora na cidade de Praga, onde estuda arte. Karou tem um caderno cheio de desenhos de criaturas diferentes, monstros. Mas o que ninguém sabe é que ela também tem uma vida secreta, totalmente diferente desta. 
 Criada por quatro dessas criaturas que aparecem em seu caderno, chamadas quimeras, Karou tem que embarcar em enigmáticas missões. Uma hora ela está em Praga, mas em outra pode estar em Paris, ou em Marrakesh. Basta atravessar certos portais que ela vai onde precisa ir, para cumprir suas missões, que consistem em conseguir dentes de diferentes animais, que vão desde serpentes até elefantes. Esses dentes são para Brimstone, o mercador de desejos, por quem ela foi criada. Com isso ela ganha desejos, e foi com esses desejos que ela conseguiu ter o cabelo azul, e falar várias línguas.
 Mas de uma hora pra outra, o estoque desses dentes está baixo, e marcas de mãos negras começam a aparecer nas portas das casas, onde funcionam os portais. Quem está fazendo essas marcas é Akiva, um anjo serafim. Esses anjos e os quimeras, são inimigos e tem uma batalha travada.
 Akiva encontra Karou na rua, e sabendo que ela foi criada por quimeras, tenta matá-la, mas não consegue. Algo chama sua atenção naquela garota de cabelo azul, ele sente alguma coisa por ela, é como se ele a conhecesse. E ela sente o mesmo por ele. Ele então descobre que Karou é inocente, e eles passam a se conhecer melhor.
 Mas, nesse meio tempo, Karou começa a descobrir mais sobre si mesma, e como numa volta ao passado, começa a entender tudo sobre sua vida, e tem uma revelação surpreendente.



 Feita de fumaça e osso é um livro surpreendente, com uma escrita maravilhosa. É também um livro cheio de mistérios, e só nessa volta ao passado começamos a entendê-los. E o final, é o que nos deixa mais ansiosos pela continuação. Gostei bastante deste livro, e recomendo!


"— Ah, não é mágica. Os desejos não se realizam de verdade. 
  — Então por que fazer isso? Ela deu de ombros. 
 — Esperança? A esperança pode ser uma força poderosa. Talvez não haja magia real nele, mas quando você sabe o que mais deseja e mantém isso aceso como uma chama dentro de si, pode fazer as coisas acontecerem, quase como mágica."

sábado, 14 de dezembro de 2013

Resenha: Amanhã você vai entender

Título: Amanhã você vai entender
Autora: Rebecca Stead
Editora: Intrínseca
Páginas: 222
Avaliação: ♥♥♥♥♥

Sinopse (skoob)A jovem Miranda Sinclair precisa desvendar um enigma na Nova York do final da década de 1970. Em Amanhã você vai entender, seu melhor amigo é agredido na rua, um estranho pode ter invadido a casa dela e uma série de bilhetes, que ela não compreende nem tampouco sabe quem escreve, alerta sobre a morte de alguém. Alguém que ela poderá ajudar a salvar. À medida que as mensagens chegam, Miranda percebe que quem as escreve sabe de detalhes de sua vida que ninguém deveria saber. E, conforme as peças do quebra-cabeça se encaixam, ela finalmente percebe que a resposta sempre esteve ali, bem em sua frente - mas o tempo é ardiloso: guarda hoje momentos que só amanhã você vai entender.

 Amanhã você vai entender, nos traz a história de Miranda Sinclair, uma garota que vive em Nova York, na década de 70. Miranda narra estranhos acontecimentos, acompanhados de bilhetes misteriosos, que só depois de um tempo começam a formar um quebra cabeça, e ela começa a entendê-los. 
 Miranda está ajudando sua mãe a treinar para participar de "A pirâmide de 20.000 dólares", um tipo de game que acontece na TV, e que consiste na adivinhação de palavras, através de dicas dadas por celebridades. Nesse meio tempo, ela narra acontecimentos, que só no dia do tal jogo ela começa a entender.
 Primeiramente, ela estava voltando com seu amigo Sal da escola, e um menino que ela não conhecia, aparece de repente e bate em Sal. Depois disso eles vão embora, e Sal fecha a porta em sua cara, e a partir daí para de falar com ela. Mas Sal era seu melhor amigo, o único que ela tinha, e então ela se vê sozinha, e começa a fazer novas amizades, como Annemarie e Colin.
 Mas, nesse meio tempo, Miranda também começa a receber bilhetes misteriosos, que dizem que ela deverá ajudar a salvar alguém, um amigo que iria morrer. O primeiro bilhete aparece quando ela chega em seu apartamento, e encontra a porta aberta, e quando vai arrumar seu material, o bilhete está no meio de um livro. Depois disso, outros bilhetes começam a aparecer, e o mais estranho, é que o autor dos bilhetes parece saber tudo sobre sua vida.
 Miranda também passa a conhecer melhor Marcus, o menino que bateu em Sal, e tenta descobrir por que ele fez aquilo. Mas, o que ela descobre é que eles tem algo em comum. Marcus, assim como ela, gosta de um livro que fala sobre viagem no tempo, e ele tem suas próprias teorias sobre como funcionaria uma máquina do tempo.
 Miranda também conta sobre o Homem da gargalhada, um homem que vive na rua, embaixo de uma caixa de correio, e que ela tem medo, até descobrir quem ele realmente era.
 E é só no final, que Miranda começa a entender tudo, os bilhetes, o amigo que seria salvo, e é tudo surpreendente.

 Apesar de ser um livro pequeno, em suas 222 páginas, somos levados a resolver esse mistério instigante, que nos prende do início ao fim, até conseguirmos desvendá-lo. É um tipo de leitura, que te faz querer ler cada vez mais, só mais um capítulo, e quando você percebe, o livro já acabou, e você fica feliz e triste ao mesmo tempo, feliz de ter descoberto o mistério, e triste do livro já ter acabado. Na minha opinião, é um livro maravilhoso, e divertido, um livro para ler de uma vez só. 

"O tempo é como um anel todo cravejado de brilhantes – sem começo nem fim; cada pedra, um momento."

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Resenha: Óculos, Aparelho e Rock’n'roll


Título: Óculos, Aparelho e Rock’n'roll
Autora: Meg Haston
Editora: Intrínseca
Páginas: 304
Avaliação: ♥♥♥♥♥

Sinopse (skoob): Super-rigorosa e cheia de estilo, Kacey Simon dita as tendências na escola Marquette. Ela anda com as garotas mais bonitas e populares e tem seu próprio programa de TV no canal do colégio, dando conselhos e explicando para seus colegas a verdade nua e crua - quer eles queiram ouvir, quer não.
Mas então uma infecção ocular e uma visita ao dentista deixam Kacey com óculos fundo de garrafa, a boca cheia de metal e... a língua prefa. Rejeitada pelos amigos populares, ela despenca da pirâmide social de forma tão dramática que fica difícil enxergar o topo, mesmo com aquelas duas lentes de aumento no rosto.
Sem ter mais a quem recorrer, Kacey começa a andar com uma vizinha nerd e um garoto que leva a vida num ritmo próprio - na verdade, no ritmo do baterista de sua banda. Ele a quer como sua vocalista, mas ela está decidida a recuperar seu trono. Será que Kacey vai alcançar o topo novamente? Ou vai descobrir que chegar ao fundo do poço meio que é... o máximo? Nesse divertidíssimo romance, Meg Haston conta a história de uma garota malvada que, com um bom par de óculos, passa a enxergar melhor não só as coisas, mas também a vida.


 Óculos, Aparelho e Rock´n´roll, nos conta a história de Kacey Simon, uma garota de 13 anos, super popular em seu colégio, e que de uma hora pra outra, passa a ser desprezada e humilhada por todos, despencando na pirâmide social.
 Kacey é jornalista no canal da escola, e dá conselhos aos seus colegas, falando sempre o que acha, não se importando se aquilo vai prejudicá-los ou não. É ela quem dita as tendências na escola, e junto com suas amigas Molly, Liv e Nessa, formam o grupinho mais popular do colégio. Além disso, ela é a protagonista no musical da escola, e está super animada em atuar junto com Quinn, o garoto por quem ela é apaixonada.


 Kacey está super feliz com suas novas lentes violetas, mas devido a uma infecção, se vê obrigada a usar óculos fundo de garrafa. E para a situação piorar ainda mais, em uma consulta ao dentista, ela descobre que também tem que usar aparelho, e ainda por cima, ficar com a língua "prefa". 
 E o resultado disso tudo, não poderia ser pior. Devido aos óculos e a língua presa, Kacey perde seu lugar no musical para sua melhor amiga, Molly, e também o seu posto de jornalista no canal do colégio. E além disso, passa a ser ignorada e humilhada por todos na escola, inclusive por suas amigas, que agem como se ela não fizesse mais parte de seu grupinho.
 Kacey se vê no fundo do poço, mas é nesse momento que ela se une com uma antiga amiga, sua vizinha nerd, Paige Greene. Juntas elas elaboram um plano, para que Kacey recupere seu lugar no musical, suas antigas amigas, e também sua popularidade. Além de Paige, Kacey também fica amiga de Zander, apelidado por ela de Sr. Calça Skinny, baterista de uma banda, por quem Molly é apaixonada. Mas, Zander convida Kacey para ser a nova vocalista de sua banda, e ela percebe que sente alguma coisa por ele. 
 Mas, Kacey começa a enxergar que essas novas amizades é que são verdadeiras, e fica em dúvida, se quer realmente voltar a ser popular, e ter suas amigas de volta. Ela começa a perceber o que fazia com seus colegas, pois ela está sentindo na pele o que é ser ignorada e humilhada. E passa a repensar suas atitudes e a enxergar melhor a vida.


 Óculos, Aparelho e Rock´n´Roll é um livro bem juvenil e um pouco clichê, mas isso não quer dizer que seja ruim, muito pelo contrário, eu amei o livro. Além de ter uma capa linda, que chama muita atenção, é uma leitura muito divertida, que me prendeu do início ao fim, e me deixou ansiosa pela continuação, que infelizmente ainda não foi lançada :/ Enfim, recomendo muito o livro, e espero que tenham gostado da resenha! Até a próxima :D

“É inacreditável como algumas pessoas podem ser tão superficiais. Quem se importava com festas de aniversário com tantas coisas horríveis e trágicas acontecendo no mundo? Desastres inomináveis, devastações atingindo milhões de vítimas impotentes ao redor do mundo? Furacões. Inundações. Terremotos.

Óculos.”



segunda-feira, 3 de junho de 2013

Resenha: A hospedeira

Título: A hospedeira
Autora: Stephenie Meyer
Editora: Intrínseca
Páginas: 557
Avaliação: ♥♥♥♥♥

Sinopse: Nosso planeta foi dominado por um inimigo que não pode ser detectado. Os humanos se tornaram hospedeiros dos invasores: suas mentes são extraídas, enquanto seus corpos permanecem intactos e prosseguem suas vidas aparentemente sem alteração. A maior parte da humanidade sucumbiu a tal processo. Quando Melanie, um dos humanos "selvagens" que ainda restam, é capturada, ela tem certeza de que será seu fim. Peregrina, a "alma" invasora designada para o corpo de Melanie, foi alertada sobre os desafios de viver dentro de um ser humano: as emoções irresistíveis, o excesso de sensações, a persistência das lembranças e das memórias vívidas. Mas há uma dificuldade que Peregrina não esperava: a antiga ocupante de seu corpo se recusa a desistir da posse de sua mente. Peregrina investiga os pensamentos de Melanie com o objetivo de descobrir o paradeiro dos remanescentes da resistência humana. Entretanto, Melanie ocupa a mente de sua invasora com visões do homem que ama: Jared, que continua a viver escondido. Incapaz de se separar dos desejos de seu corpo, Peregrina começa a se sentir intensamente atraída por alguém a quem foi submetida por uma espécie de exposição forçada. Quando os acontecimentos fazem de Melanie e Peregrina improváveis aliadas, elas partem em uma busca incerta e perigosa do homem que ambas amam.

 A hospedeira nos conta uma história incrível, em que almas alienígenas tomam os corpos dos humanos, e continuam a viver normalmente em seus corpos.
 Porém, esses alienígenas não são uma espécie de seres do “mal”, eles fazem isso para que os humanos passem a viver em paz e harmonia uns com os outros. Nesse “novo mundo” que eles estão criando, não há violência, as pessoas não agridem umas às outras, elas sequer utilizam armas que possam machucar outras pessoas. Elas confiam umas nas outras, não mentem. Não precisam nem sequer pagar pelo que compram em um supermercado, por exemplo, elas trabalham pelo bem umas das outras.
 Eles estão tentando reconstituir o mundo com que os humanos estão acabando, estão tentando concertar o erro que todos nós cometemos.
 E é incrível a forma como você começa o livro odiando um personagem, no caso as almas, ou mais especificamente a alma, Peregrina, que invade o corpo da Melanie, e depois começa a gostar da personagem, você começa a entender que eles só querem consertar nossos erros, construir um mundo melhor. Mas é claro que não da forma como eles estão fazendo, acabando com várias vidas, apagando memórias, destruindo famílias e relacionamentos.
 Vou confessar que até a metade do livro, eu achei meio parado, mas nem por isso deixei de gostar. Mas logo depois são tantos acontecimentos, começa a ter mais ação, os humanos refugiados, os buscadores tentando achá-los... E o final então, que me deixou super ansiosa pela continuação, que pelo visto ainda vai demorar bastante pra sair.
 Stephenie conseguiu criar uma história fascinante, que nos deixa prendidos do início ao fim, e nos faz refletir sobre o mundo em que estamos vivendo, em como ele seria melhor se confiássemos mais uns nos outros, se não houvesse violência, enfim, se não estivéssemos cometendo todo esse estrago, e acabando com o mundo em que vivemos.

Não é o rosto, mas as expressões nele. Não é a voz, mas o que você diz. Não é a sua aparência neste corpo, mas as coisas que você faz dentro dele. Você é bonita.

sábado, 1 de junho de 2013

Resenha: A culpa é das estrelas

Título: A Culpa é das Estrelas
Autor: John Green
Editora: Intrínseca
Páginas: 288
Avaliação: ♥♥♥♥♥

Sinopse: A culpa é das estrelas narra o romance de dois adolescentes que se conhecem (e se apaixonam) em um Grupo de Apoio para Crianças com Câncer: Hazel, uma jovem de dezesseis anos que sobrevive graças a uma droga revolucionária que detém a metástase em seus pulmões, e Augustus Waters, de dezessete, ex-jogador de basquete que perdeu a perna para o osteosarcoma. Como Hazel, Gus é inteligente, tem ótimo senso de humor e gosta de brincar com os clichês do mundo do câncer - a principal arma dos dois para enfrentar a doença que lentamente drena a vida das pessoas.

 A culpa é das estrelas nos apresenta a história de Hazel, uma adolescente que é paciente de câncer desde os 13 anos, e sobrevive graças a um milagre da medicina, que faz com que seu tumor diminua.
 Em uma ida ao Grupo de Apoio para Crianças com Câncer, ela conhece Augustus Waters, que perdeu a perna para o osteosarcoma. Augustus é um garoto inteligente, brincalhão, que faz piadinhas com os clichês do câncer, e assim enfrenta a doença, e nesse ponto, ele e Hazel têm muito em comum.
 A partir daí somos apresentados a uma irreverente história de amor, que nos mostra o que é viver e amar.
 Hazel não é uma simples paciente com câncer, ela é forte, inteligente, sarcástica, irônica, o que nos faz amar ainda mais sua personagem. E além disso ela tem um livro preferido, que já leu e releu diversas vezes.
 A culpa é das estrelas é um livro que te faz rir, chorar, enfim, sentir todas as emoções pelas quais Hazel e Gus passam juntos. A leitura é fácil e faz com que você nunca sinta vontade de parar, é aquele tipo de livro que você termina de ler em poucas horas e quando termina ainda quer mais.
 Green consegue nos mostrar, que mesmo com o câncer, as pessoas são capazes de viver e amar, e te faz refletir mais sobre a vida, te faz pensar sobre diversas coisas. Enfim, não tem como não se emocionar com esse livro, pena que essas emoções duram tão pouco, eu terminei de ler em poucas horas, e com certeza foi um dos melhores livros que já li até hoje. Recomendo muito a todos que ainda não leram, pra mim esse é um daqueles livros que todos deveriam ler, pelo menos uma vez na vida.

"Não sou formada em matemática, mas sei de uma coisa: existe uma quantidade infinita de números entre 0 e 1. Tem o 0,1 e o 0,12 e o 0,112 e uma infinidade de outros. Obviamente, existe um conjunto ainda maior entre o 0 e o 2, ou entre o 0 e o 1 milhão. Alguns infinitos são maiores que outros... Há dias, muitos deles, em que fico zangada com o tamanho do meu conjunto ilimitado. Queria mais números do que provavelmente vou ter."