sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Resenha: Dias de Sangue e Estrelas

Título: Dias de Sangue e Estrelas
Autor: Laini Taylor
Editora: Intrínseca
Páginas: 448
Avaliação: ♥♥♥♥

Sinopse (skoob)Karou, uma estudante de artes plásticas e aprendiz de um monstro, por fim encontrou as respostas que sempre buscou. Agora ela sabe quem é - e o que é. Mas, com isso, também descobriu algo que, se fosse possível, ela faria de tudo para mudar: tempos atrás Karou se apaixonou pelo inimigo, que a traiu, e por sua culpa o mundo inteiro foi punido. Na deslumbrante sequência de Feita de fumaça e osso, ela terá que decidir até onde está disposta a ir para vingar seu povo. Dias de sangue e estrelas mostra Karou e Akiva em lados opostos de uma guerra ancestral. Enquanto os quimeras, com a ajuda da garota de cabelo azul, criam um exército de monstros em uma terra distante e desértica, Akiva trava outro tipo de batalha: uma batalha por redenção... por esperança. Mas restará alguma esperança no mundo destruído pelos dois? 


 "Dias de Sangue e Estrelas", segundo livro da série iniciada por "Feita de Fumaça e Osso" (confira a resenha do primeiro livro aqui), nos trás a esperada continuação da história de Karou, a jovem de cabelo azul, que foi criada por quimeras. 
 O livro nos mostra o que aconteceu depois de Karou saber sua verdadeira história, e de descobrir que os quimeras que a criaram estão mortos. Karou agora já sabe quem e o que ela é, uma quimera, que no passado foi Madrigal, a jovem que tinha um amor proibido pelo anjo Akiva.
 Querendo saber o que aconteceu com sua família, Karou vai com Razgut até um portal que leva a Loramendi, e quando chega lá, descobre que todos os quimeras estão sendo mortos pelos anjos, pois o imperador deseja ter um mundo sem quimeras!


 E para sua surpresa o único quimera que ela encontra em meio a destruição, é nada mais, nada menos que o Lobo Branco! Seu inimigo, que mandou matá-la quando ela era Madrigal, ao descobrir seu romance com Akiva. Se não fosse Brimstone ter recolhido sua alma e ter feito um novo corpo para ela, não estaria viva ali.
 Mas Karou então se vê obrigada a se unir ao Lobo Branco, para poder salvar seu povo. Agora eles estão escondidos em uma casbá, no meio do deserto, aqui na Terra. E Karou é a nova ressurreicionista, ela têm as almas dos quimeras mortos em receptáculos, e está criando novos corpos e ressuscitando-os, criando assim um exército para combater os anjos.
 Mas será que ela pode confiar no Lobo Branco, ou ele está tramando algo contra ela novamente?


 Desde que li "Feita de Fumaça e Osso" fiquei muito ansiosa para ler a continuação, pois quem leu o primeiro livro sabe que termina de um jeito que te faz ficar desesperada pela continuação rs. 
 Então, eu gostei bastante do livro, a escrita da autora é muito boa, mas não me surpreendeu tanto como o primeiro. Talvez por esse não ter tantos acontecimentos, a maior parte da história se passa no deserto, onde Karou está junto com o Lobo Branco, criando um exército. E tem também as partes que narram sobre Akiva, que junto com os outros anjos tem que combater os quimeras, mas não quer fazer isso. Também tem as partes da Suzana e o Mik, que são até engraçadas. 
 Só não foi tão bom quanto o primeiro, mas mesmo assim eu gostei muito, claro. E o final deste também me deixou ansiosa para o próximo, que eu acho que deva ser tão bom quanto. Então, é isso. Alguém já leu? O que acharam? Beijos, e até a próxima! :DD

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Resenha: As Vantagens de Ser Invisível

Título: As Vantagens de Ser Invisível
Editora: Rocco
Páginas: 224
Avaliação: ♥♥♥♥

Sinopse (skoob)Ao mesmo tempo engraçado e atordoante, As vantagens de ser invisível reúne as cartas de Charlie, um adolescente de quem pouco se sabe - a não ser pelo que ele conta nessas correspondências -, que vive entre a apatia e o entusiasmo, tateando territórios inexplorados, encurralado entre o desejo de viver a própria vida e ao mesmo tempo fugir dela.
 As dificuldades do ambiente escolar, muitas vezes ameaçador, as descobertas dos primeiros encontros amorosos, os dramas familiares, as festas alucinantes e a eterna vontade de se sentir “infinito” ao lado dos amigos são temas que enchem de alegria e angústia a cabeça do protagonista em fase de amadurecimento.  Stephen Chbosky capta com emoção esse vaivém dos sentidos e dos sentimentos e constrói uma narrativa vigorosa costurada pelas cartas de Charlie endereçadas a um amigo que não se sabe se real ou imaginário.
 Íntimas, hilariantes, às vezes devastadoras, as cartas mostram um jovem em confronto com a sua própria história presente e futura, ora como um personagem invisível à espreita por trás das cortinas, ora como o protagonista que tem que assumir seu papel no palco da vida. Um jovem que não se sabe quem é ou onde mora. Mas que poderia ser qualquer um, em qualquer lugar do mundo.


 Em "As Vantagens de Ser Invisível", somos apresentados ao adolescente Charlie, que escreve cartas, não se sabe para quem, contando suas emoções e sentimentos em situações diferentes e inexploradas de sua adolescência.
 Charlie narra suas dificuldades na escola, onde ficava sozinho e era ameaçado. Até conhecer Sam e Patrick, que se tornam seus novos amigos, e é com eles que ele começa a conhecer diferentes territórios, e a passar por diferentes situações. 


 Charlie começa a frequentar festas, conhecer novas pessoas, fazer novos amigos, e também tem seus primeiros encontros amorosos. E é com Sam e Patrick que ele começa a "viver", e a entender o que realmente é se sentir "infinito". 
 Ele também narra seus dramas pessoais e familiares, em cartas angustiantes. Charlie na maioria das vezes é um personagem "invisível", que só observa o que acontece ao seu redor, mas em boa parte das vezes também é o protagonista, e tem que decidir como agir.


 O livro todo é constituído de cartas escritas por Charlie, mas que não se sabe para quem são. A narrativa é simples, mas ao mesmo tempo emocionante, e em certas partes angustiantes. Ao ler este livro, até mesmo nós leitores, podemos dizer que nos sentimos infinitos juntos com Charlie, ao entender seus sentimentos, e as situações pelas quais ele passa. Gostei e recomendo bastante este livro!

"Eu sei que tem pessoas que dizem que essas coisas não acontecem, e que isso serão apenas histórias um dia. Mas agora nós estamos vivos. E nesse momento, eu juro. Nós somos infinitos."

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Resenha: O Teorema Katherine

Título: O Teorema Katherine
Autor: John Green
Editora: Intrínseca
Páginas: 304
Avaliação: ♥♥♥♥

Sinopse (skoob)Após seu mais recente e traumático pé na bunda - o décimo nono de sua ainda jovem vida, todos perpetrados por namoradas de nome Katherine - Colin Singleton resolve cair na estrada. Dirigindo o Rabecão de Satã, com seu caderninho de anotações no bolso e o melhor amigo no carona, o ex-criança prodígio, viciado em anagramas e PhD em levar o fora, descobre sua verdadeira missão: elaborar e comprovar o Teorema Fundamental da Previsibilidade das Katherines, que tornará possível antever, através da linguagem universal da matemática, o desfecho de qualquer relacionamento antes mesmo que as duas pessoas se conheçam.
Uma descoberta que vai entrar para a história, vai vingar séculos de injusta vantagem entre Terminantes e Terminados e, enfim, elevará Colin Singleton diretamente ao distinto posto de gênio da humanidade. Também, é claro, vai ajudá-lo a reconquistar sua garota. Ou, pelo menos, é isso o que ele espera.  



 Em "O Teorema Katherine" somos apresentados a Colin Singleton, um adolescente, que foi uma criança prodígio, e que após ter namorado dezenove Katherines, e tomado um pé na bunda de todas elas, resolve criar um teorema que irá prever o relacionamento entre duas pessoas, e assim se tornar o novo gênio da humanidade.
 Após levar um pé na bunda da 19ª Katherine, Colin fica se sentindo muito mal, e seu amigo Hassan acaba o convencendo a cair na estrada, e juntos eles resolvem partir sem rumo, dirigindo o Rabecão de Satã. 
 Mas o que eles não esperavam, é que fossem parar em Gutshot, uma cidadezinha do interior, onde eles descobrem estar enterrado o Arquiduque Francisco Ferdinando. Eles então, resolvem visitar o túmulo do Arquiduque, e quem os leva para uma visita guiada é Lindsey Lee Wells, uma garota que acaba virando amiga deles. 
 A mãe de Lindsey, Holly, tem uma fábrica têxtil na cidade, e é quem mantêm os moradores da cidade empregados. Holly oferece emprego a Colin e Hassan, eles deverão entrevistar os trabalhadores da fábrica, e perguntar o que eles acham do trabalho e da cidade. Eles aceitam e resolvem ficar por um tempo em Gutshot.


 Enquanto isso, Colin trabalha em seus gráficos e fórmulas, para tentar desvendar o relacionamento entre duas pessoas, antes mesmo que elas comecem a namorar. O gráfico entre Terminantes e Terminados mostrará quando e quem terminará o relacionamento.
 Colin também relembra seu relacionamento com as Katherines, principalmente a K-19, que é quem ele mais amou.
 Mas muitas surpresas os aguardam em Gutshot, e Colin reverá seus conceitos, será que se tornar o novo gênio da humanidade é o que ele quer de verdade? 


  Gostei bastante deste livro, como os outros livros do Green, é uma história simples, sem grandes acontecimentos, mas que nos trás uma reflexão. Não é nenhum livro com tanta aventura ou mistério, é só uma história de dois adolescentes que saem sem rumo, e vão parar em uma cidade do interior, e por lá resolvem ficar por um tempo. É também um livro bem matemático, e não envolve tanta emoção, como outros livros do autor. Mas mesmo assim gostei bastante, e acho que quem gosta do autor também vai gostar deste livro, pois acaba seguindo o mesmo estilo dos outros. 

"Ele gostava de todos os livros, porque adorava o simples ato de ler, a magia de transformar os rabiscos de uma página em palavras dentro da cabeça."

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Resenha: Cidades de Papel

Título: Cidades de Papel
Autor: John Green
Editora: Intrínseca
Páginas: 368
Avaliação: ♥♥♥♥♥

Sinopse (skoob)Em Cidades de papel, Quentin Jacobsen nutre uma paixão platônica pela vizinha e colega de escola Margo Roth Spiegelman desde a infância. Naquela época eles brincavam juntos e andavam de bicicleta pelo bairro, mas hoje ela é uma garota linda e popular na escola e ele é só mais um dos nerds de sua turma.
Certa noite, Margo invade a vida de Quentin pela janela de seu quarto, com a cara pintada e vestida de ninja, convocando-o a fazer parte de um engenhoso plano de vingança. E ele, é claro, aceita. Assim que a noite de aventuras acaba e um novo dia se inicia, Q vai para a escola, esperançoso de que tudo mude depois daquela madrugada e ela decida se aproximar dele. No entanto, ela não aparece naquele dia, nem no outro, nem no seguinte.
Quando descobre que o paradeiro dela é agora um mistério, Quentin logo encontra pistas deixadas por ela e começa a segui-las. Impelido em direção a um caminho tortuoso, quanto mais Q se aproxima de Margo, mais se distancia da imagem da garota que ele pensava que conhecia.



 Cidades de Papel nos apresenta Quentin Jacobsen, um adolescente que está prestes a terminar o ensino médio. Q é apaixonado por sua vizinha, Margo Roth Spiegelman, porém não é correspondido. Os dois se conhecem desde a infância, sempre brincavam juntos. Em um certo dia, encontraram um homem morto em seu bairro, e desde então nunca entenderam o que realmente aconteceu.
 Mas agora Margo cresceu, é linda e popular no colégio, e tem um namorado. Depois de muito tempo sem nem se falarem, Quentin é surpreendido por Margo, que entra em seu quarto pela janela, vestida de ninja, com o rosto pintado de preto, e o convoca para fazer parte de um plano de vingança.
 Margo quer se vingar de seu namorado, que a está traindo com uma "amiga", e também de outra "amiga" que sabia de tudo e não contou nada para ela. Margo explica as várias partes de seu plano, e juntos eles se vingam de todos, e vivem várias aventuras durante a noite, como até invadir o SeaWorld. 


 Mas, o que Quentin não esperava, é que no outro dia, que ele estava todo animado e cheio de esperanças, ele seria surpreendido pela notícia do sumiço de Margo. A família e os amigos de Margo, nem se importaram com o sumiço da garota, pois ela já está acostumada a fazer isso, sumir de uma hora pra outra. Mas Q fica muito preocupado, ele acha muito estranho ela se vingar de todos e sumir no outro dia, como se nunca mais fosse voltar. Q tem medo de a encontrar morta, como o homem que eles encontraram na infância.
 Quentin já estava sem esperanças, até encontrar uma série de pistas, que aparentemente levam até Margo. Porém essas pistas são muito difíceis de ser decifradas, e Q tem medo de não conseguir entendê-las a tempo. Juntos, ele e seus amigos Ben, Radar, e Lacey, a melhor amiga de Margo, tentarão encontrar, e descobrir o que aconteceu com a garota...


 Cidades de Papel, é um livro misterioso e cheio de aventura, e talvez por isso seja um pouco diferente dos outros livros do John Green, que tem mais sentimento e emoção. Mas mesmo assim, eu amei esse livro, e se tornou um dos meus preferidos, não só do autor, mas também de todos que já li. Eu recomendo muito, achei uma leitura muito divertida, e apesar de o final ser um pouco vago, vale muito a pena!

"Mas as coisas vão acontecendo... as pessoas se vão, ou deixam de nos amar, ou não nos entendem, ou nós não as entendemos... e nós perdemos, erramos, magoamos uns aos outros. E o navio começa a rachar em determinados lugares. E então, quando o navio racha, o final é inevitável. (...) Mas ainda há um momento entre o momento em que as rachaduras começam a se abrir e o momento em que nós rompemos por completo. E é nesse intervalo que conseguimos enxergar uns aos outros. "

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Resenha: Quem é Você, Alasca?

Título: Quem é Você, Alasca?
Autor: John Green
Editora: WMF Martins Fontes 
Páginas: 229
Avaliação: ♥♥♥♥

Sinopse (skoob)Miles Halter é um adolescente fissurado por célebres últimas palavras que, cansado de sua vidinha pacata e sem graça em casa, vai estudar num colégio interno à procura daquilo que o poeta François Rabelais, quando estava à beira da morte, chamou de o "Grande Talvez". Muita coisa o aguarda em Culver Creek, inclusive Alasca Young, uma garota inteligente, espirituosa, problemática e extremamente sensual, que o levará para o seu labirinto e o catapultará em direção ao "Grande Talvez".



 "Quem é Você, Alasca?" nos conta a história de Miles Halter, um adolescente que, cansado de sua vidinha sem graça, resolve ir estudar no colégio de Culver Creek. Miles é fissurado por últimas palavras, e está em busca do que o poeta François Rabelais chamou de "O Grande Talvez".
 Ao chegar em Culver Creek, Miles faz novas amizades, como seu colega de quarto Coronel e também Takumi. E logo ele conhece Alasca, uma garota misteriosa e atraente, e ele se vê sentindo algo diferente por ela, só que ela já tem namorado. Eles ficam muito amigos, e ela até arranja uma namorada pra ele, Lara.


 Juntos eles se divertem bastante, e aprontam muito pelo colégio. Alasca é famosa por seus trotes, e juntos eles se vingam de alguns colegas que aprontam com Miles em sua primeira noite por lá.
 Mas um acontecimento inesperado surpreende Miles, e ele tentará entender o que realmente aconteceu, o que levou aquilo. O livro é divido em "Antes" e "Depois", e são narrados os fatos anteriores e posteriores a esse acontecimento.



 Apesar de ser um livro pequeno, esse é aquele tipo de livro que te faz pensar muito, e tentar entender esse "Grande Talvez". Vou confessar que tinha grandes expectativas quanto a este livro, e por conta disso, acabei me decepcionando um pouco. Mas nem por isso deixei de gostar.. Achei o livro bastante filosófico, ele nos ensina que nem todas as histórias são felizes, e temos que entender que a vida é assim..

"Tantos de nós teríamos de conviver com coisas feitas e deixadas por fazer naquele dia. Coisas que terminaram mal, coisas que pareceram normais na hora, porque não tínhamos como prever o futuro. Se ao menos conseguíssemos enxergar a infinita cadeia de consequências que resultariam das nossas pequenas decisões. Mas só percebemos tarde demais, quando perceber é inútil."